Sauditas prendem 431 acusados de ligação com "Estado Islâmico"
Os detidos, de maioria saudita, pertencem a uma rede que planejava uma série de atentados contra mesquitas, forças de segurança e missões diplomáticas. Entre os presos estão responsáveis por ataques em maio e junho.
A Arábia Saudita prendeu ao menos 431 pessoas acusadas de terem ligação com o "Estado Islâmico" (EI), afirmou neste sábado (18/07) o ministério do Interior do país. Os detidos pertencem a uma rede que planejava uma série de ataques contra mesquitas, forças de segurança e diplomatas.
"Planos terroristas para atingir missões diplomáticas, de segurança e do governo na província de Sharurah e o assassinato de agentes de segurança foram interrompidos", afirmou o governo saudita por meio de nota. "Seis ataques suicidas que tinham como objetivo mesquitas na província, junto com a morte de responsáveis pela segurança do país, foram frustrados."
A maioria dos detidos é de nacionalidade saudita, mas também há egípcios, iemenitas, sírios e jordanianos. Entre os presos, estão supostos responsáveis por atentados, entre os quais contra duas mesquistas xiitas que mataram 25 pessoas em maio. Em outro ataque reivindicado pelo EI, um homem-bomba saudita matou 27 pessoas em uma mesquita xiita em junho.
Extremistas do EI pediram aos seus apoiadores que realizem ataques no país, de maioria sunita, mas que também é o lar de uma grande minoria xiita. Os jihadistas planejam afastar os xiitas dos locais sagrados do islã que estão localizados na Arábia Saudita.
As prisões ocorrem dias após um carro-bomba ferir dois agentes de segurança próximo a uma prisão de segurança máxima da Arábia Saudita. Na sexta-feira à noite, uma explosão matou ao menos 120 pessoas em um mercado lotado no Iraque. Os dois ataques foram reivindicados pelo EI.
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