PT Portugal corta 36 diretores
O grupo francês Altice já tinha manifestado a intenção de reduzir as chefias da telecom portuguesa. Dos 76 directores ficam apenas 43. São ainda esperadas mudanças nas cerca de duas dezenas de empresas que fazem parte do grupo PT.
A PT Portugal extinguiu 30 cargos de direção no âmbito da nova estrutura implementada pelo grupo Altice na telecom e à qual a TSF teve acesso.
A empresa liderada por Paulo Neves reduziu o número de direções das atuais 76 para 42, com a integração de algumas áreas similares entre si, de forma a gerar mais eficiência. A comissão executiva transmitiu a vontade de que esta redução no número de chefias e de empresas não afecte os trabalhadores.
A reorganização da PT Portugal visa reforçar três compromissos estratégicos que são aumentar o investimento, potenciar a inovação e melhorar a qualidade de serviço, afirmou fonte oficial da operadora de telecomunicações.
A reorganização da PT Portugal é uma das primeiras tarefas do comité executivo liderado por Paulo Neves. O novo presidente executivo vai ter sob sua tutela as áreas de inovação da operadora, que incluem a PT Inovação e o Sapo.
Entretanto, o Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Portugal Telecom (STPT) reuniu-se esta sexta-feira de manhã com o comité executivo da PT Portugal.
No encontro, adianta a STPT em comunicado, Paulo Neves avançou que as alterações à macroestrutura da empresa tinham como objetivo "simplificar e agilizar processos de gestão e de decisão".
Paulo Neves "informou ainda que a estrutura global organizativa da empresa será conhecida em princípios de setembro", referiram.
Entre as alterações feitas à estrutura da PT Portugal, o comité executivo adiantou ao sindicato "que várias empresas que hoje a constituem não terão continuidade, apontando, no entanto, para a manutenção, além das empresas estratégicas como a Meo e a PT Inovação, a continuidade da PT ACS (serviços de saúde) e a Fundação PT", refere o Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Portugal Telecom.
O sindicato disse ao comité executivo e ao novo presidente executivo da PT Portugal que "irá ter uma posição crítica e construtiva, proativa na defesa dos direitos e deveres dos trabalhadores, tendo por visão global o crescimento e desenvolvimento" da empresa "como forma de garantir a estabilidade dos postos de trabalho".
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