Seus Filhos São Muito Exigentes na Hora de Comer? Veja Como Mudar Isso
Cuidar de crianças pequenas não é nem de longe uma das tarefas mais fáceis do mundo. E entre oferecer amor e carinho, ajudar nas tarefas escolares, levar e buscar do colégio, acompanhar nas idas ao banheiro e auxiliar os pequenos a escolher que roupa vestirão em cada dia, uma responsabilidade em especial exige bastante cuidado, paciência e atenção dos pais e responsáveis: a alimentação de seus filhos.
Isso porque, além da necessidade de incluir uma variedade de alimentos e nutrientes que os pequenos precisam em sua fase de crescimento, os adultos precisam lidar com o paladar exigente de suas crianças, que não são exatamente famosas por apreciarem o consumo de frutas, legumes e verduras.
Para ajudar os pais e responsáveis a passar por esse problema, uma pesquisa realizada de maneira conjunta pelas Universidades de Aston e Loughborough, na Inglaterra, identificou os três passos que podem contribuir com a reversão da situação:
- Repetição: expor as crianças a determinado tipo de alimento várias vezes;
- Exemplo: em que os pais comem o alimento em questão, enfatizando quão bom ele é para a criança;
- Recompensa: quando os adultos elogiam os pequenos por terem comido tudo o que precisavam.
- Os cientistas autores do estudo chegaram a essa conclusão depois de acompanharem 115 crianças, com idades que variavam entre dois e quatro anos, que foram separados em quatro grupos.
Durante 14 dias, foi oferecida a todos a mesma quantidade de vegetais, porém cada um dos grupos foi submetido a um tipo de intervenção para que fossem convencidos a comer os alimentos.
Um grupo passou apenas pela repetição, outro pelo exemplo e pela repetição, o terceiro pela recompensa e pela repetição e o último pelas três técnicas: a repetição, o exemplo e a recompensa. Os experimentos foram realizados na casa das crianças e as intervenções feitas por seus próprios pais.
Ao final do estudo, os pesquisadores avaliaram a quantidade de vegetais que as crianças tinham consumido e identificaram que os pequenos cujos pais utilizaram duas ou três técnicas de intervenção para convencê-los a comer registraram um aumento significativo na quantidade de vegetais consumidas.
Exemplo disso é que antes dos testes, as crianças que foram submetidas à repetição, recompensa e exemplo comiam somente 0,6 g de vegetais. Já ao término da pesquisa, esse valor saltou para 4 g, em média.
Uma das autoras do estudo, a Dra. Claire Farrow, do Centro de Pesquisa de Aston para Saúde Infantil, declarou que não consumir a quantia apropriada de frutas e vegetais é um fator de risco para a mortalidade. “Alimentar-se com mais frutas e vegetais pode prevenir câncer, obesidade, diabetes e derrame”, alertou.
A Dra. Farrow também ressaltou que o desafio de lidar com a exigência dos pequenos até os seus seis anos de idade é grande, visto que nesse período eles passam por fases em que é comum rejeitar novas alternativas de alimentos, principalmente os vegetais.
“É uma etapa normal do desenvolvimento infantil, mas isso pode dar origem a uma dieta restritiva, enquanto as crianças se tornam mais e mais exigentes sobre o que não irão comer. As famílias precisam de conselhos baseados em evidências científicas sobre o que pode ajudar a estimular as crianças a experimentar, e eventualmente gostar, de novas frutas e vegetais”, afirmou.
A pesquisadora ainda falou sobre a importância dos pais utilizarem os três passos apresentados na pesquisa para que os pequenos cresçam com bons hábitos alimentares:
“Já foi mostrado que os comportamentos em relação à comida seguem pela infância até a vida adulta. Então é de importância vital que as crianças sejam expostas a frutas e vegetais cedo na vida para que tenham uma alimentação saudável conforme cresçam, na adolescência até a vida adulta.”
“Já foi mostrado que os comportamentos em relação à comida seguem pela infância até a vida adulta. Então é de importância vital que as crianças sejam expostas a frutas e vegetais cedo na vida para que tenham uma alimentação saudável conforme cresçam, na adolescência até a vida adulta.”
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