Grupo chinês compra "aeroporto fantasma" em Espanha por 10 mil euros

Grupo chinês compra "aeroporto fantasma" em Espanha por 10 mil euros
O aeroporto de Ciudad Real custou 450 milhões de euros. Tem uma das maiores pistas de aterragem da Europa, mas está abandonado desde 2012.

O grupo chinês Tzaneen International comprou o Aeroporto Central de Ciudad Real por 10 mil euros. Conhecido como o "aeroporto fantasma" de Espanha, o espaço foi finalmente vendido, juntamente com a pista de aterragem, os hangares e a torre de controlo. No entanto, por um valor muito inferior aos 80 milhões que eram pedidos ainda na semana passada.
O "aeroporto fantasma", o primeiro construído em Espanha por iniciativa privada, está à venda desde 2010 e abandonado desde 2012, altura em que já só era usado para voos privados. A última companhia aérea que ainda voava para lá, a Vueling, concluiu que não era rentável continuar a utilizá-lo em agosto de 2011.
Após várias tentativas de vender o aeroporto, a única empresa a participar no último concurso leva-o por apenas 10 mil euros. "Ninguém quer gastar 80 milhões no aeroporto de Ciudad Real", escrevia o jornal espanhol El País sobre o último leilão, da semana passada, em que esse era o preço mínimo e ninguém comprou a estrutura. Em 2014, o aeroporto tinha sido posto à venda por 100 milhões de euros.
O aeroporto tem uma das maiores pistas de aterragem da Europa, com quatro quilómetros, e foi pensado para receber até cinco milhões de visitantes por ano. No entanto, funcionou apenas durante quatro anos, até encerrar em 2012, e recebeu um total de 100 mil pessoas. Custou 450 milhões de euros a construir, e foi o primeiro aeroporto espanhol construído com capital privado.
De acordo com o El País, sabe-se pouco sobre o grupo chinês Tzaneen International. O consórcio foi registado em Espanha especificamente para poder participar no leilão do aeroporto, inscrito no Registo Mercantil espanhol com um capital social de quatro mil euros. A empresa disse apenas que "várias empresas chinesas" estarão interessadas em usar as instalações e em transformá-las "na porta de entrada da Europa".
A empresa justificou o valor baixo da sua oferta, de apenas 10 mil euros por um aeroporto que custou 450 milhões, com uma nota entregue no tribunal que realizou o leilão na manhã de sexta-feira. O preço, lê-se na nota citada pelo El País, justifica-se porque a zona adjacente ao aeroporto está "desmembrada", e o aeroporto traz muitos custos: "com as suas licenças suspensas, sem ingressos e com uma quantidade significativa de gastos recorrentes inevitáveis".
Antes do "aeroporto fantasma" espanhol pertencer à empresa, ainda têm de decorrer 20 dias, em que qualquer outra empresa pode oferecer pelo menos 28 milhões de euros para ficar com a infraestrutura (70% do valor em que está avaliado o aeroporto, 40 milhões).




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