Ucrânia, ebola e meio ambiente entram na agenda do G20

 G-20 na Austrália (Foto: reprodução GloboNews)

Anfitriã, Austrália diz que atenção está voltada para fazer economia crescer.Presidente Dilma Rousseff participa do encontro em Brisbane.



A recuperação da combalida economia mundial e a criação de empregos são os principais temas da agenda do G20, que se reúne até domingo (16) em Brisbane (Austrália), mas a Ucrânia, o ebola e o meio ambiente também tomaram conta da pauta.
Entre os chefes de Estado que participam da cúpula de Brisbane estão os presidentes Dilma Rousseff e Barack Obama; a chanceler alemã Angela Merkel; o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, e o presidente da China, Xi Jinping. Também está em Brisbane o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que vem sendo alvo de criticas por sua participação no conflito da Ucrânia.
O G20 se comprometeu neste sábado (15) a fazer o possível para erradicar a epidemia de ebola. "Os membros do G20 se comprometem a fazer o que for necessário para que os esforços internacionais resultem na erradicação da epidemia, e enfrentar o custo econômico e humanitária a médio prazo", afirma um comunicado publicado no primeiro dia do encontro.
A epidemia de ebola provocou mais de 5 mil mortes, em sua grande maioria na Libéria, Serra Leoa e Guiné, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). "Vamos trabalhar por meio de cooperações bilaterais, regionais e multilaterais, assim como em colaboração com as organizações não governamentais", completa o comunicado, que não especifica valores financeiros.
Economia
O anfitrião do encontro, o primeiro-ministro australiano Tony Abbott, insiste que a atenção está voltada para como fazer a economia crescer dois pontos adicionais nos próximos cinco anos e criar empregos.

O G20 deseja ainda combater a fraude fiscal e fechar as brechas na legislação utilizadas por empresas para pagar o mínimo de impostos ou transferir a sede fiscal para um local mais favorável.De um lado estão os partidários das reformas estruturais e da austeridade, mas também existe a voz de defesa dos incentivos à demanda, com grandes investimentos em infraestruturas, estímulo ao comércio e a regulamentação do sistema financeiro.
Os países-membros do G20 representam 85% do PIB mundial, 80% do comércio global e concentram dois terços da população do planeta.

O bloco é formado pela União Europeia, pelo G7 (EUA, Canadá, Japão, Alemanha, Reino Unido, Itália e França), e por Brasil, Coreia do Sul, Argentina, Austrália, China, Índia, Indonésia, México, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia e Rússia.

Além disso, a Austrália convidou a vizinha Nova Zelândia para o encontro e a Espanha assiste às reuniões, como convidado, desde 2010.

"Esperança e otimismo"
Apesar da situação no Oriente Médio, no leste da Europa e dos problemas na África ocidental, a mensagem que os líderes mundiais devem apresentar ao fim do encontro de dois dias é "esperança e otimismo", afirmou o primeiro-ministro australiano.

Primeiro-ministro australiano Tony Abbott cumprimenta Dilma Rousseff na chegada ao encontro do G20 (Foto: WILLIAM WEST / AFP)
Primeiro-ministro australiano Tony Abbott
cumprimenta Dilma Rousseff na chegada ao 
encontrodo G20

"Sim, nosso mundo pode crescer e sim, nosso mundo pode criar os empregos que as pessoas querem", afirmou Abbott, apesar da experiência demonstrar que as boas intenções do G20 costumam ficar no papel.
O presidente americano, Barack Obama, fortalecido pelo acordo anunciado em Pequim durante a semana com a China, deseja incluir o meio ambiente no centro da agenda das economias do bloco, que juntas produzem quase 90% do PIB mundial e 84% das emissões poluentes."Se China e Estados Unidos podem chegar a um acordo, o mundo também pode chegar a um acordo", disse Obama em um discurso na Universidade de Brisbane, durante o qual anunciou que Washington doará três bilhões de dólares ao fundo da ONU para o clima.
Primeiro-ministro australiano Tony Abbott cumprimenta presidente norte-americano Barack Obama na chegada ao encontro do G20 (Foto: KEVIN LAMARQUE/POOL/AFP)
Primeiro-ministro australiano Tony Abbott
cumprimentapresidente norte-americano Barack
Obama na chegada ao encontro do G20

Também recordou que os Estados Unidos não podem carregar sozinhos a economia mundial e pediu aos líderes do G20, no qual o Brasil está incluído com a presença da presidente Dilma Rousseff, que trabalhem duro para reativar o crescimento após a crise econômica mais grave desde os anos 1930.
Os anfitriões australianos, que pediram aos participantes que se chamem pelo nome para quebrar o gelo e organizaram um churrasco para facilitar os contatos, também desejam estimular a colaboração energética e estabelecer as bases para uma reforma das instituições de energia, o que poderia resultar na criação de uma agência energética mundial.
Putin, protagonista
Mas o grande protagonista da reunião é, sem dúvida, o presidente russo, Vladimir Putin, por seu papel na crise da Ucrânia, que despertou os piores fantasmas da Guerra Fria e rendeu críticas sobre suas "ambições czaristas" e do regime soviético.

Primeiro-ministro australiano Tony Abbott orienta presidente russo Vladimir Putin na chegada ao encontro do G20 (Foto: PETER PARKS/AFP)
Primeiro-ministro australiano Tony Abbott orienta
presidente russo Vladimir Putin na chegada ao
encontro do G20 

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou na sexta-feira que a Rússia pode sofre mais sanções ocidentais se não aceitar um compromisso de solução para a crise da Ucrânia.
Putin e Cameron se reuniram neste sábado, à margem do G20, para tentar recompor os vínculos entre a Rússia e o Ocidente, segundo o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov.
O porta-voz também citou "a adoção de medidas eficientes para resolver a crise na Ucrânia, que facilitem uma renúncia aos sentimentos beligerantes".
Abott criticou as demonstrações de força militar da Rússia e pediu a Putin que faça um "mea culpa" pela derrubada em território separatista do leste da Ucrânia de um avião da Malaysia Airlines com 298 pessoas a bordo, sendo 38 australianos.
Putin solicitou ao presidente francês, François Hollande, que "minimize os riscos e as consequências negativas" da tensão internacional para a relação entre os dois países.
A imprensa canadense informou que o primeiro-ministro Stefan Harper citou a questão ucraniana a Putin no momento do cumprimento.
"Bem, imagino que tenha que apertar a sua mão, mas só tenho uma coisa a dizer: tem que sair da Ucrânia", teria afirmado, ao que o presidente russo não teria respondido de maneira positiva.
Protestos
Três pessoas foram detidas em manifestações de protesto por diversos motivos, como o desaparecimento de 43 estudantes no México, os direitos humanos no Tibete, o aquecimento global, o tráfico de órgãos na China ou o próprio G20.



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