Al-Baghdadi: Quem é o novo «califa» jihadista

Al-Baghdadi: Quem é o novo «califa» <i>jihadista</i>


Abu Bakr al-Baghdadi, o misterioso líder do Estado Islâmico no Iraque e no Levante (EIIL), apontado como «califa» de todos os muçulmanos no domingo pelo seu grupo, tem ofuscado cada vez mais o líder da Al Qaeda e poderá ser o mais influente jihadista do mundo.


O EIIL, que agora se chama «Estado Islâmico», apagando qualquer referência geopolítica, anunciou a formação de um califado sobre as grandes porções de território que conquistou no Iraque e na Síria, numa tentativa de reavivar um regime político islâmico que desapareceu há quase um século. Aquele grupo, já poderoso na Síria, tem conduzido desde o dia 9 de Junho uma ofensiva intensa no Iraque.

O jornal Le Monde faz um retrato de Baghdadi, descrevendo-o como uma personalidade obscura e misteriosa.

Nascido em 1971 em Samarra, a norte de Bagdade - segundo Washington - Abu Bakr al-Baghdadi ter-se-á juntado à insurreição no Iraque pouco depois da invasão conduzida pelos Estados Unidos em 2003 e terá passado quatro anos num campo de detenção norte-americano.
Conhecem-se muito poucos pormenores sobre a personalidade de Baghdadi ou sobre o local onde se encontra.

Os Estados Unidos, que o classificaram como «terrorista» em Outubro de 2011, tinham declarado no ano passado que este provavelmente se encontrava na Síria. 
No final de Maio, um general iraquiano declarou que as suas forças acreditavam que Baghdadi estaria no Iraque, mas outros oficiais contestaram.

O rosto de Baghdadi só foi revelado em Janeiro, quando as autoridades iraquianas publicaram pela primeira vez uma foto a preto e branco mostrando um homem barbudo, de cabeça calva e usando terno e gravata.

O mistério que o cerca contribui para o culto à sua personalidade, e o YouTube tem visto uma profusão de cantos religiosos louvando as suas virtudes. No seio do EIIL, é saudado como um comandante e um estratega presente em campo de batalha, ao contrário de Zawahiri, seu ex-superior e actual rival, sobre quem vem a ganhar cada vez mais vantagem nas esferas jihadistas.
Embora os combatentes do EIIL sejam maioritariamente sírios na Síria e iraquianos no Iraque, essa distinção vale-lhe o apoio de inúmeros jihadistas, provavelmente milhares, vindos de toda a região, mas também da Europa.

As forças norte-americanas tinham anunciado em Outubro de 2005 a morte de Abu Duaa - um dos apelidos de Baghdadi - numa incursão aérea na fronteira síria. No entanto, este reapareceu, bem vivo, em Maio de 2010, à frente do Estado Islâmico no Iraque (EII), o braço iraquiano da Al Qaeda, após a morte de dois líderes do grupo em um ataque.
A estratégia anti-insurreição norte-americana, combinada com a reviravolta de parte das tribos sunitas contra os jihadistas, tinha prejudicado o grupo. No entanto, este voltou a ampliar as suas actividades na vizinha Síria, recusando em seguida a ordem do líder da Al Qaeda, Ayman Zawahiri, de se concentrar no Iraque e de deixar a Síria para a Frente Al Nusra, um grupo jihadista que combate o regime de Damasco.

Em Abril de 2013, Al-Baghdadi anunciou uma fusão entre o EII e os combatentes da Al Nusra para formar o EIIL, mas estes últimos recusaram-se a aderir. Os dois grupos começaram a operar separadamente, antes de se enfrentarem directamente a partir de Janeiro na Síria.

Al-Baghdadi comanda entre 7.000 e 8.000 combatentes jihadistas no Iraque.


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