Venezuela retém 100 milhões de euros de receitas da TAP
A transportadora portuguesa optou por não suspender ou reduzir as ligações aéreas a Caracas. O gabinete de Paulo Portas garante que "estão já autorizados outros dois pagamentos" para reduzir o valor em dívida.
A TAP reclama uma dívida no valor de 100 milhões de euros ao governo venezuelano, que tem retido as receitas provenientes da venda de bilhetes de avião de várias companhias aéreas relativas a 2013. O braço-de-ferro envolve também a imposição de câmbios mais desvantajosos face ao dólar.
Segundo noticia o Público desta segunda-feira, 13 de Outubro, é este o montante que a transportadora portuguesa ainda tem a haver das autoridades da Venezuela, depois de terem sido já efectuados dois pagamentos no início do Verão. Fonte oficial do gabinete de Paulo Portas adiantou que "estão já autorizados outros dois, dentro de uma calendarização que tem merecido frequentes contactos liberais".
Ao contrário de outras companhias aéreas, que em resposta a este problema suspenderam (Air Canada) ou reduziram a operação naquele país da América Latina – fizeram-no a Alitalia, a Lufthansa e a American Airlines –, a TAP, que voa para aquele destino desde o início dos anos 1980, optou por manter os três voos semanais para a capital Caracas, que aumentam para quatro durante o Verão.
O facto de haver uma "vasta comunidade de emigrantes" que vive naquele país e usa os serviços da transportadora é um dos motivos citados pelo gabinete do vice-primeiro-ministro para, em "estreita articulação" com a administração da TAP, todas as diligências com os venezuelanos estarem a ser feitas "no sentido de uma solução positiva para o caso".
Comentários
Enviar um comentário