Assunção Cristas garante que haverá dinheiro para dragagens de portos em 2015



Ministra foi visitar retirada de inertes no porto da Póvoa de Varzim, empreitada que se atrasou e vai terminar em pleno Inverno.


A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, garantiu hoje que o próximo Orçamento do Estado contempla verbas para dragagens de manutenção nos portos de pesca afectados pelo assoreamento. Numa vista ao porto da pesca da Póvoa de Varzim, onde decorrem trabalhos de desassoreamento da barra e do canal de acesso ao porto local, a governante reconheceu a necessidade de que as operações tenham uma continuidade anual.

"Esta é uma operação que tem de ser feita continuadamente. É preciso continuar a fazer manutenção. Os estudos apontam que é necessário uma intervenção anual", disse Assunção Cristas, acrescentando: "Ficaram verbas previstas no Orçamento do Estado para isso". A ministra reconheceu que é premente "recolher mais informações sobre a dinâmica da orla costeira": "É um processo cada vez mais intenso e temos de trabalhar melhor no planeamento e nos estudos, porque os que temos já não os servem".

Assunção Cristas tinha estado no início do ano neste porto de pesca poveiro, prometendo que os trabalhos de dragagem iriam arrancar em maio, algo que se protelou até este mês, provocando desagrado na comunidade piscatória local. "Fizemos o trabalho para que a obra começasse no verão, mas por questões legais de contratação pública não foi possível. Houve uma impugnação do concurso público por um dos concorrentes que atrasou o processo, mas agora está tudo resolvido e, se o tempo ajudar, ficará concluído em Dezembro", disse a ministra.

O presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar, José Festas, considerou que "o atraso no arranque da obra poderia ter sido evitado", desconfiando de que os trabalhos estejam concluídos no final do ano. "Vamos ter uma barra que não vai ser nada eficaz para os pescadores. Fazer a dragagem no Inverno está fora de questão, mas é isso vai acontecer. Vamos ter muitos problemas na saída e na entrada na barra", disse o dirigente.

José Festas mostrou ainda o seu desagrado por, alegadamente, não ter sido convidado para esta visita de Assunção Cristas: Talvez tenha achado "que, pelo desagrado que a associação tem revelado, era melhor não estarmos presentes". A ministra tinha, anteriormente, comentado a ausência de representantes dos pescadores: "Não faço convites a ninguém. Disse que vinha aqui visitar uma obra, que é da responsabilidade da Direção-Geral dos Recursos Marítimos, e os que querem aqui estar são sempre convidados, e os pescadores obviamente".

Presente esteve o presidente da Câmara da Póvoa de Varzim, Aires Pereira, que mostrou o seu agrado por "ver abertura para que haja uma continuidade nos trabalhos das dragagens de manutenção", mas não deixou de revelar alguma apreensão. "Não ficarei descansado. Esta dragagem só se iniciou devido à pressão feita pela autarquia. E para evitar estes atrasos era bom que logo no início do próximo ano se lançasse um novo concurso para nova dragagem".

A intervenção que está ser feita no porto de pesca da Póvoa de Varzim está orçada e 750 mil euros e contempla a dragagem de 150 mil metros cúbicos de inertes. No porto de pesca da cidade vizinha de Vila do Conde foram investidos 500 mil euros para dragar 75 mil metros cúbicos de areias.

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