Os restos mortais de Cervantes podem ter sido encontrados
Investigadores espanhóis acreditam ter encontrado os restos mortais de Cervantes, o autor que escreveu o clássico "Dom Quixote".
Cervantes pediu para ser enterrado num convento em Madrid, mas este convento foi reconstruído e os seus restos mortais terão sido separados do seu caixão.
Após pesquisas no solo do monumento, foram encontrados fragmentos de ossos que possivelmente pertenceram a Cervantes. Testes de ADN estão a ser realizados para confirmar a hipótese.
Cervantes, a quem é frequentemente atribuído o feito de ter escrito o primeiro livro moderno, morreu em 1616, após ter pedido para ser enterrado no Convento de las Monjas Trinitarias Descalzas.
O paradeiro do túmulo de Cervantes era um mistério desde que o convento foi reconstruído, em finais do século XVII, e há quase um ano que investigadores andavam a pesquisar o subsolo à procura de ossos, na esperança de encontrar alguns que pertencessem ao autor.
Durante as escavações, os investigadores encontraram, em Janeiro, um caixão com as iniciais "M" e "C" gravadas, o que pensaram poder corresponder a Miguel Cervantes, mas tratava-se afinal do corpo de uma criança.
Agora julgam ter alcançado o seu objectivo, comparando os restos encontrados com pistas sobre a vida do escritor, como o facto de este ter perdido o uso da mão esquerda aos 24 anos e ter sido alvejado no peito pelo menos uma vez, tendo ganho a vida enquanto soldado.
Na verdade, e embora estejam a ser feitos testes de ADN, não há qualquer identificação genética confirmada do autor, pelo que esta confirmação pode vir a ser impossível.
A descoberta dos seus possíveis restos mortais acontece no ano em que se celebram, em Espanha e no mundo literário, os 400 anos da publicação do segundo volume de Dom Quixote, dez anos depois da publicação do primeiro volume, em 1605.
Comentários
Enviar um comentário