Franceses e turistas de olhos postos no mar

Um mar de gente para ver a "maré do século"


Franceses e turistas de olhos postos no mar para assistir à “maré do século”


Franceses e turistas de olhos postos no mar Milhares de franceses e turistas foram, às primeiras horas da manhã, assistir ao fenónemo natural que faz subir o nível do mar a cada 18 anos. Logo ao final da tarde a maré voltará a estar "super".

Desde as primeiras horas desta manhã de sábado que milhares de franceses e turistas estrangeiros se têm deslocado às zonas costeiras do norte de França para assistir à esperada “maré do século”. Alguns acessos ficaram cortados, surfistas aproveitaram as ondas e os pescadores saíram em peso para os areais, assim que a maré baixou.

Logo depois do eclipse, na sexta-feira, a Lua e o Sol voltam a ser os responsáveis por mais um fenómeno natural: as supermarés, que se poderão observar até 23 de março. Como a Lua está muito perto da Terra e alinhada com o Sol, a força gravítica acaba por influenciar as marés, provocando marés mais altas e mais baixas, com maiores amplitudes entre elas.

O fenómeno repete-se a cada 18 anos e a última “maré do século” tinha ocorrido em março de 1997, pelo que esta é a mais elevada maré registada no século XXI. A próxima supermaré poderá ser vista em 2033.
Franceses e turistas de olhos postos no mar
A maré baixa no Monte Saint-Michel: água recuou cerca de 12 quilómetros
 
Em algumas zonas do globo essas supermarés são mais visíveis. É o caso da costa norte de França e, em particular, do Mont-Saint-Michel, onde o fenómeno está a ser mais impressionante pela sua expressão.

A amplitude das marés vai chegar aos 14,5 metros logo ao final da tarde (19 horas portuguesas), um pouco mais do que um prédio de quatro andares.

Mas já pela manhã o nível da água subiu muito, submergindo o acesso à península, com falsa aparência de ilha, classificada património da humanidade desde 1979 e um emblemático povoado medieval rochoso.
Franceses e turistas de olhos postos no mar
O mesmo local, ontem. Espera-se que hoje a ilha fique completamente isolada
 
Também em Saint-Malo, na Bretanha, cerca de 20 mil pessoas assistiram ao fenómeno esta manhã e em algumas zonas costeiras do norte de França mais desprotegidas as povoações improvisaram pequenos diques como testemunhou a enviada especial do Le Figaro na sua conta de Twitter.

Franceses e turistas de olhos postos no mar
Em todo o litoral, os pescadores aproveitam a ocasião para apanhar moluscos trazidos pelo mar, assim que a maré vazou, como retrata a imagem divulgada pelo jornal local “La Voix Boulogne”, na conta de Twitter.

As autoridades lembraram as regras: a pesca é permitida apenas durante o dia e todo o material pescado deve ser apenas para utilização doméstica. Cada pescador está sujeito também a um limite de capturas e os infratores estão sujeitos a uma multa que pode ir até 22.500 euros.

Entretanto, o Le Figaro já noticiou que pelo menos um pescador, de 70 anos, foi arrastado por uma onda e acabou por morrer em Soulac, em Gironde.

O fenómeno está também a ser observado no Reino Unido, no Canadá (onde a amplitude das marés poderá atingir os 16 metros na Baía de Fundy) e no norte da Austrália. 

Também em Lisboa, embora com menor expressão, as marés estão mais altas. A maior ocorreu esta madrugada.

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