Atenas só Quer Referendar Reformas da UE

Atenas só quer referendar reformas da UE

Ministrogrego das finnanças desmente "Il Corriere della Sera" e garante que Atenas admite fazer um referendo às reformas impostas pela UE se não alcançar um acordo.

O ministro grego das Finanças desmentiu o diário italiano "Il Corriere della Sera" que avançou que Atenas admitia realizar um referendo sobre o euro se a Grécia não alcançasse acordo com os parceiros europeus para ajudar o país a sair da crise e a estimular o crescimento.

Yanis Varoufakis que tinha feito umas declarações ao jornal italiano precisou que o referendo a que se referia era às reformas propostas pela UE e não ao euro. No original, dizia "como já tinha dito o primeiro-ministro (grego, Alexis Tsipras), não estamos colados aos assentos. Podemos realizar de novo eleições. Podemos convocar um referendo [sobre o euro]".

Estas declarações terão caído mal junto do Eurogrupo que reúne amanhã. E Varoufakis não tardou em rectificar o jornal.

Segundo o "Il Corriere della Sera", o titular das Finanças recusa a possibilidade de que o Governo grego venha a pedir um novo empréstimo aos parceiros europeus porque, defende, o que os gregos querem é que a UE e a Grécia alcancem um acordo que lhe permita "crescer e terminar com a crise humanitária" que sofre.

Neste sentido, o ministro insiste que o Executivo está a trabalhar para propor a Bruxelas um plano que denomina "contrato para o crescimento" baseado num "foco fiscal razoável".

Este "contrato" deverá estar fundamentado, segundo Varoufakis, em três pilares, designadamente, "um excedente do Orçamento revisto, uma reestruturação inteligente da dívida e um plano de grandes investimentos".

Em relação à reestruturação "inteligente" da dívida, uma opção que o Eurogrupo não contempla, Atenas considera essencial "aumentar os prazos de vencimento dos pagamentos e uma diminuição das taxas de juro".

"O que é isto senão uma reestruturação? A alternativa que propomos não tem como objetivo de que outros países paguem a nossa dívida, mas mais, propomos remunerar mais os empréstimos", adiantou.

Isto consegue-se, adianta Varoufakis, com "a substituição dos títulos da dívida actuais por outros vinculados ao crescimento nominal", ou seja, "se o país cresce, paga uma taxa de juro mais alta, se não cresce, paga menos".

Em relação ao excedente do Orçamento revisto, o ministro comenta que estará associado ao investimento, já que "quanto maior seja o investimento, mais excedente haverá".

E para que isto ocorra, o ministro sublinha que é essencial o papel que deve desempenhar o Banco Europeu de Investimento (BEI), que defende que deveria potenciar "para que os investidores ajudem a desenvolver bons projetos".
Finalmente, Varoufakis dirige duas críticas contra a Europa, em primeiro lugar, lamenta que nos últimos anos "se tenha posto todo o peso nas costas das classes mais pobres" e posteriormente condena o eterno debate sobre se a Grécia sairá ou não da zona euro.

"Quem investirá na Grécia se se fala continuamente de 'Grexit' (jogo de palavras entre Grécia e "exit" em inglês que significa saída). "Falar sobre 'Grexit' é venenoso", conclui o ministro grego.

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