Dissidência cubana denuncia novas detenções de activistas em Havana



Entre os detidos figuram designadamente Antonio González-Rodiles, promotor de um projecto de debate crítico, e a sua mulher, Ailer González

Pelo menos 18 membros da oposição e activistas cubanos foram detidos, esta quinta-feira, em Havana, a maioria quando reivindicava num centro policial a libertação de outros detidos nos últimos dias, informaram fontes da dissidência à agência Efe.

Entre os detidos figuram designadamente Antonio González-Rodiles, promotor de um projecto de debate crítico, e a sua mulher, Ailer González, confirmou a Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN), liderada por Elizardo Sánchez.

A maioria dos detidos na quinta-feira deslocou-se ao centro de detenções, conhecido como “Vivac”, nos subúrbios de Havana, para exigir a libertação de uma dezena de activistas, ali detidos desde 30 de dezembro, explicou Elizardo Sánchez à agência noticiosa espanhola.

A nova onda de detenções pode também ter atingido a artista Tania Bruguera, que se apresentou no “Vivac” para pedir às autoridades a libertação dos activistas para ali levados depois de tentarem participar numa “acção artística” que promoveu.

A CCDHRN informou que apenas tem a confirmação de 18 detenções na quinta-feira e que, dessa lista, não figura Bruguera, assinalando que calcula entre 60 e 70 o número de dissidentes, jornalistas e actividades detidos desde terça-feira na capital cubana.

O jornal online 14ymedio, dirigido pela conhecida ‘bloguer’ Yoani Sánchez, diz que a artista se encontra entre os detidos.

Tania Bruguera foi libertada na quarta-feira após ter sido detido, na véspera, acusada de “resistência e incitamento à ordem pública” por tentar realizar uma manifestação artística na emblemática Praça da Revolução, impedida pelas autoridades da ilha.

A iniciativa, qualificada pelas autoridades culturais da ilha como “oportunista” e uma “provocação política”, não se chegou a realizar devido à detenção da sua promotora.

A iniciativa – sem autorização oficial – previa a instalação de um microfone na célebre praça, para que qualquer pessoa pudesse falar durante um minuto, sem, contudo, “apelar para a violência, discriminação, atentados à integridade das pessoas, acções ilegais ou acções violentas que perturbem a ordem pública”.

Como explicou na véspera a artista de 46 anos, que residiu nos últimos três anos em Nova Iorque, a ideia era organizar uma actividade para permitir aos cubanos darem voz às questões que os preocupam.

Depois de divulgadas informações sobre as primeiras detenções, os Estados Unidos manifestaram estar “profundamente preocupados” com o incidente, ocorrido apenas duas semanas depois do histórico anúncio para a normalização das relações com Havana.

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