Buscas à PT visam obtenção de relatório da PwC


A CMVM tem apenas uma versão preliminar do relatório de auditoria às relações financeiras da PT SGPS com o Grupo Espírito Santo, sem valor jurídico. As buscas à empresa resultam de queixa do supervisor e visam também obter o documento final.

A CMVM não recebeu ainda a versão final do relatório de auditoria da PwC pedido pela administração da PT SGPS com vista a apurar responsabilidades sobre o investimento em papel comercial da Rio Forte e outras empresas do Grupo Espírito Santo (GES), conforme noticiam esta terça-feira, 6 de Janeiro, vários órgãos de informação nas edições online.

Ao que o Negócios apurou, as buscas que hoje decorrem nos escritórios da PT SGPS visam também conseguir o documento final, de que o supervisor dispõe apenas uma versão preliminar, sem valor jurídico. O mesmo "draft" está também nas mãos do conselho de administração da PT SGPS.

A PwC entrega hoje o relatório final à PT SGPS. Contactada pelo Negócios, a consultora não quis comentar as buscas aos seus escritórios, nem o conteúdo do documento. A PT SGPS também não confirma se já recebeu o relatório das mãos da PwC.

A auditoria às relações financeiras com o GES desde 2000 foi pedida pelo conselho de administração da PT, na altura ainda liderado por Henrique Granadeiro, em Agosto, na sequência da notícia do investimento de 897 milhões de euros em papel comercial da Rio Forte. Sociedade entretanto declarada insolvente.

A CMVM solicitou, no mês seguinte, que o relatório lhe fosse entregue quando estivesse completo. A data de entrega definida pela própria empresa terminava ontem. Recorde-se que está convocada uma assembleia-geral da PT SGPS para dia 12 de Janeiro, para aprovar a venda da PT Portugal à Altice.

O relatório da PwC é uma das peças-chave no âmbito da investigação aos investimentos da PT em dívida do GES que está a ser conduzida pela própria entidade liderada por Carlos Tavares.

O Ministério Público está desde hoje de manhã a realizar buscas nos escritórios da PT SGPS e da PwC. Numa nota à comunicação social, a Procuradoria Geral da República confirmou "a realização de buscas, designadamente na PT SGPS, no âmbito de um inquérito em investigação no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP)".

Quanto ao objecto do inquérito, a PGR refere que "estão em causa suspeitas de participação económica em negócio e burla qualificada, investigando-se aplicações financeiras realizadas pela empresa".

O Ministério Público é coadjuvado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), pela Polícia Judiciária (PJ) e pela Autoridade Tributária (AT). O inquérito encontra-se em segredo de justiça.

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