Professor atacado por homem que invocou o Estado Islâmico
Um homem ter-se-á introduzido na manhã desta segunda-feira num jardim-de-infância em Aubervilliers, Seine-Saint-Denis, nos subúrbios de Paris, tendo conseguido agredir um professor que ali se encontrava. O acidente aconteceu pouco antes das oito da manhã em França, menos uma hora em Portugal.
O agressor teria, segundo o Le Figaro, a cara tapada e estava armado com um x-ato e tesouras que encontrou no local. Cercou o professor quando este ainda se encontrava sozinho na sala de aula e, alegadamente, terá invocado o Estado Islâmico enquanto perpetrava o ataque.
Estado Islâmico aponta às escolas laicas em França
O professor tem ferimentos no pescoço e foi entretanto transportado para o hospital, mas não corre risco de vida. O agressor encontra-se em fuga.
Segundo o Le Monde, que cita fonte da polícia de Bobigny, as palavras do homem terão sido "É o Daesh (acrónimo árabe do Estado Islâmico), é um aviso". Os gritos do agressor foram escutados por uma testemunha que se encontrava dentro da escola no momento do ataque. O homem conseguiu fugir a pé, tendo sido montado entretanto um forte dispositivo policial para o localizar.
A secção antiterrorista da polícia de Paris e da brigada criminal francesa ficaram responsáveis pela investigação. Foi aberto um inquérito por tentativa de homicídio em relação com atentado terrorista.
A agressão ocorre um dia depois de se ter assinalado um mês dos atentados de 13 de novembro em Paris, reivindicados pelo Estado Islâmico. Morreram 130 pessoas e cerca de 350 ficaram feridas.
O facto de este ataque ter acontecido numa escola não é inesperado: o número de novembro da revista francófona do Estado Islâmico publicada exclusivamente online - a a Dar al Islam - criticava duramente a escola da República francesa e a educação laica "descrente", manifestando oposição às turmas mistas, à interdição do véu nos estabelecimentos escolares e o facto de a música fazer parte dos currículos em todos os níveis de ensino.
A segurança nas escolas francesas foi reforçada desde os atentados de Paris.
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