Voo entre Madeira e Birmingham intercetado por caça francês
Voo da companhia aérea britânica Monarch, entre o Funchal e Birmingham, foi intercetado na segunda-feira por um caça francês em espaço aéreo gaulês, depois de ter perdido contacto com controladores franceses. Os passageiros relatam um episódio de terror conseguindo ver a cara do piloto francês.
Depois de entrar em espaço aéreo francês, o voo ZB983 começou a ser perseguido por um caça. De acordo com os passageiros do avião da companhia britânica, o caça de origem francesa colocou-se de lado e todos começaram a entrar em pânico, afirmando mesmo que conseguiam ver a cara do piloto.
“Parecia que nos estava a seguir e entrámos em pânico – todos se levantaram para ver”, afirmou Caroline Regan, uma das passageiras.
O marido, Tony, revelou a preocupação imediata, até pelas notícias difundidas sobre a queda do avisão da Malaysia Airlines em solo pertencente a separatistas pró-russos.
“Não me parece que exista outra opção senão ter medo, quando algo deste género acontece – pensamos logo que seriam russos. O desastre na Ucrânia ainda continua nas notícias e parece-me natural pensar assim”, afirmou.
“Já vamos à Madeira há 19 anos e voar parece-me cada vez mais perigoso. Não conseguimos evitar e pensamos no pior e não ajudou o facto de o comandante do avião não ter clarificado a situação. A experiência foi horrível”.
Enquanto a situação decorria nos ares, o comandante avisou que se tratava de um exercício mas Tony Regan afirma que voa há vários e que nada do género alguma vez se aproximou ao que viveu na última segunda-feira.
Um porta-voz da companhia aérea Monarch revelou que se tratava de um avião militar que entrou em atividade logo depois do voo ZB983 ter perdido contacto com os controladores aéreos franceses.
“A Companhia Monarch confirma que que o voo ZB983, do Funchal para Birmingham, no dia 12 de outubro, esteve fora de contacto por breves momentos em espaço aéreo francês”.
“Como é padrão nestas situações, foi lançado um avião militar para intercetar o voo. O contacto com controladores aéreos foi restabelecido ainda antes da interceção do ZB983”, concluiu o porta-vez da Monarch.
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