Jornalista húngara ameaça processar refugiado que rasteirou e o Facebook

Jornalista húngara ameaça processar refugiado que rasteirou e o Facebook


Jornalista húngara ameaça processar refugiado que rasteirou e o Facebook

Jornalista húngara ameaça processar refugiado que rasteirou e o Facebook: Petra László reafirmou que o que aconteceu foi um erro mas exige justiça pelos danos que sofreu com ameaças nas redes sociais.

A operadora de câmara húngara que foi filmada a pontapear e a rasteirar refugiados no mês passado quando estes fugiam à polícia ameaçou processar um dos refugiados que agrediu e o Facebook. Petra László, que disse ter agido por pânico e que pediu desculpas pelos seus actos, considera que a sua vida ficou destruída por acusações e ameaças infundadas.

As imagens que correram mundo com László como protagonista mostram a jornalista a pontapear refugiados, incluindo uma criança, em Roszke, no Sul da Hungria, perto da fronteira sérvia. A mulher é ainda vista a rastear um homem que tinha ao colo uma criança, provocando a queda de ambos. Após estes incidentes se tornarem públicos, László foi despedida e alvo de fortes críticas nas redes sociais, onde, além de terem sido criados perfis falsos com o seu nome e páginas de condenação, recebeu ameaças.

A jornalista húngara veio depois pedir desculpa publicamente pelo que fez e afirmar que o fez por medo. “Tive medo da multidão que corria na minha direcção e depois alguma coisa me aconteceu”, escreveu. Actualmente sob investigação policial, László assegura que não é uma operadora de câmara “sem coração, racista e agressora de crianças”, rejeitando as acusações que lhe têm sido feitas nas últimas semanas.

Esta semana, numa entrevista ao site de notícias russo Izvestia, László afirmou que pretende que se faça justiça pelo caos em que se tornou a sua vida, afirmando que foi numa “reacção de defesa” que rasteirou refugiados. “Empurrei-os apenas porque tinha medo. Não tinha visto a criança. Lamento que tudo isso tenha acontecido. 

Foi um erro meu”, contou numa entrevista ao site. Quanto ao episódio com o refugiado e a criança ao colo, László afirmou que apenas queria ajudar a polícia a controlar a multidão. “Apenas queria ajudar a polícia e, quando andei na sua direcção [do refugiado], as imagens mostram que ele já estava caído.”

A jornalista conta ainda que foi obrigada a abandonar Budapeste com a família, depois de ter recebido ameaças pela Internet e de terem sido criados perfis falsos com o seu nome e páginas a exigir a sua condenação. “Algumas pessoas ameaçaram matar-me, violar-me”, adiantou, acrescentando que chegaram a ser feitas ofertas em dinheiro a quem aceitasse assassiná-la.

László acusa o Facebook de não ter feito o suficiente para que fossem apagados os perfis falsos e as ameaças apesar de ter escrito à rede social a pedir que isso fosse feito. Segundo a húngara, o Facebook acabou por apagar as páginas que lhe manifestavam apoio, permanecendo activos os perfis falsos e outras páginas.

“Acredito que o Facebook teve um papel importante na minha situação. Ajudou a virar as pessoas contra mim. Após o julgamento, que espero aconteça em Dezembro, vamos processar a rede social”, assegurou.

Elementos dos partidos Együtt-PM e da Coligação Democrática avançaram com um processo contra László por “violência contra um membro da comunidade”, crime que na Hungria pode ser punido com uma pena de prisão de até cinco anos. O julgamento deverá ter lugar dentro de dois meses.

Além do Facebook, a jornalista pretende provar em tribunal que o refugiado que é acusada de rastear quando estava com o filho ao colo estava errado. Segundo László, o homem, já identificado como Osama Abdul Mohsen, um treinador de futebol sírio de 52 anos, alterou o seu testemunho sobre o caso, depois de ter acusado inicialmente a polícia pela agressão. “O meu marido quer provar a minha inocência. Para ele, agora trata-se de uma questão de honra.”

 

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