Bagdá, secretário de Defesa dos EUA vê avanços contra Estado Islâmico
BAGDÁ - O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, chegou a Bagdá neste terça-feira num momento em que os Estados Unidos ampliam sua presença no país e comemoram um progresso contra militantes do Estado Islâmico, quatro meses após terem começado uma campanha de ataques aéreos no Iraque.
Hagel é o primeiro secretário de Defesa norte-americano a visitar o Iraque desde que o presidente Barack Obama ordenou a retirada de tropas do país em 2011. Obama voltou a despachar tropas para o Iraque no meio do ano, a fim de ajudar a conter o avanço do Estado Islâmico.
Falando a repórteres antes da visita, Hagel disse que o Exército iraquiano e forças curdas estavam ganhando força.
"Este é um esforço de longo prazo. É difícil. Haverá reveses. Haverá vitórias. Então eu acho que é nesse ponto que estamos e estou ansioso para receber algumas avaliações em primeira mão", disse ele a repórteres no Kuwait, na segunda-feira.
No mês passado, Obama autorizou dobrar o número de forças de terra dos EUA Bagdá Iraque para 3.100 militares, que buscam expandir o alcance de seus assessores militares e treinar forças iraquianas e curdas.
"Temos um papel a desempenhar aqui, mas nosso papel tem que ser de apoio... é o país deles. Eles têm que liderar", disse Hagel a soldados norte-americanos e australianos no aeroporto de Bagdá.
O secretário disse ainda que os EUA estavam treinando, assistindo e aconselhando forças iraquianas, mas que a chave do progresso era um governo inclusivo em Bagdá que poderia reunir os iraquianos.
Desde que assumiu o cargo em setembro, o primeiro-ministro Haider al-Abadi, um xiita, tem trabalhado para construir alianças com tribos sunitas e também chegou a um acordo sobre exportações de petróleo com a região semi-autônoma do Curdistão, após meses de disputas.
Hagel está fazendo sua última visita oficial ao exterior como secretário de Defesa. Sob pressão, ele pediu demissão no mês passado depois de quase dois anos como chefe do Pentágono.
O ex-senador republicano rompeu com seu partido para se tornar um crítico feroz da guerra do Iraque durante o governo do ex-presidente George W. Bush.
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