Estado Islâmico anuncia em vídeo que queimou vivo o piloto jordano

O grupo jihadista divulgou imagens em que o piloto Maaz al-Kassasbeh parece estar a ser queimado vivo.

O piloto foi feito refém pelo Estado Islâmico a 24 de dezembro, depois de o caça-bombardeiro F-16 que pilotava se ter despenhado no norte da Síria durante uma missão da coligação internacional que combate os 'jihadistas'.

 O Estado Islâmico exigia a libertação do piloto da 'jihadista' iraquiana Sayida al-Rishawi em troca da vida do piloto.

A Jordânia disse que não a libertaria enquanto não recebesse uma prova de que o piloto jordano refém do grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI) estava vivo.

 O prazo dado pelo Estado Islâmico terminou na quinta-feira passada. No sábado, foi executado o jornalista japonês Kenji Goto.

Hoje o grupo extremista divulgou imagens que parecem mostrar o piloto a ser queimado vivo, o que, a confirmar-se, é um método de execução diferente do usado em casos anteriores, em que os reféns foram decapitados.

A televisão estatal jordana indicou, ao dar a notícia, que o piloto foi executado a 3 de janeiro. 

Altura em que decorriam negociações para a libertação do jordano pela bombista suicida iraquiana Sayida al-Rishawi , detida na Jordânia desde novembro de 2005, após ter falhado a detonação das bombas que tinha consigo num dos atentados contra hotéis frequentados por ocidentais na capital, Amã.

Um alto responsável das Forças Armadas jordanas já informou a família do piloto de que este foi morto, avança a agência noticiosa Reuters.

Em resposta, a Jordânia decidiu antecipar a jihadista iraquiana já amanhã.

Ontem, o Conselho de Segurança da ONU pedira a libertação imediata de todos os reféns do grupo e a Jordânia prometera fazer todo o possível para salvar a vida do piloto capturado pelos militantes.

A autenticidade das imagens divulgadas pelo EI não foi confirmada até ao momento, mas o presidente norte-americano, Barack Obama, já afirmou que, no caso de ser verdadeiro, o vídeo mostra a "barbárie" do Estado Islâmico.