Obama e Putin deverão ter encontro tenso sobre Síria em cúpula do G8


Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da Rússia, Vladimir Putin, deverão ter um encontro tenso durante a cúpula do G8 em Belfast, na Irlanda do Norte, devido às discordâncias dos dois países a respeito da crise na Síria.

As posições ficaram mais acirradas na semana passada quando os Estados Unidos afirmaram que vão fornecer armas aos rebeldes sírios, assim como países europeus. Mas Putin já alertou que o Ocidente poderá agravar o conflito e espalhá-lo para o resto do Oriente Médio se decidir armar os insurgentes.



Ativistas contra a fome usam máscaras dos líderes que participam do encontro do G8, em Belfast, na Irlanda do Norte, nesta segunda
Ativistas contra a fome usam máscaras dos líderes que participam do encontro do G8, na Irlanda do Norte, nesta segunda

Nesta segunda, o ditador sírio, Bashar al-Assad, disse que a Europa pagará muito caro se fornecer armas aos rebeldes sírios. Em entrevista ao jornal alemão "Allgemeine Zeitung", ele não comentou sobre o envio de armas dos EUA.
"
Se a Europa entrega armas, o quintal deles se tornará terrorista e eles pagarão o preço por isso. Os terroristas ganharão experiência em combate e voltar com ideologias extremistas".

No encontro, Obama tentará convencer o russo para atrair Assad para a mesa de negociações. Os dois países se comprometeram em maio em fazer uma conferência sobre a transição síria em Genebra, que ainda está sem data devido a divergências em sua organização.

Dentre elas, a dificuldade de composição de uma liderança dos grupos rebeldes e o pedido de presença do Irã, aliado de Assad, e da Arábia Saudita, que abertamente arma os opositores, no encontro. A discórdia também está no estabelecimento de uma zona de exclusão aérea para ajudar os insurgentes.

O porta-voz da Chancelaria russa, Alexander Lukashevich, disse que Moscou não permitirá esse cenário. "Todas essas manobras sobre zonas de exclusão aérea e corredores humanitários são uma consequência direta da falta de respeito pelo direito internacional".

Ele disse que a Rússia não queria um cenário na Síria semelhante aos 
acontecimentos na Líbia, após a imposição de uma zona de exclusão aérea que permitiu aos aviões da Otan ajudarem os rebeldes a derrubar Muammar Gaddafi.

DIFERENÇAS

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, anfitrião da cúpula do G8, admitiu que há uma "grande diferença" entre as posições da Rússia e do Ocidente a respeito da Síria, mas salientou que há também um terreno comum entre as potências industrializadas desse grupo.

No domingo, Putin descreveu os inimigos de Assad como canibais que comem as tripas dos inimigos diante das câmeras. "É essa gente que vocês querem apoiar? São para eles que vocês querem entregar armas?", disse Putin em 

Londres, por onde passou a caminho da cúpula.
Já o premiê canadense, Stephen Harper, disse que Putin -- único aliado de Assad no G8-- está apoiando bandidos. "Não iremos, a não ser que haja uma grande mudança de posição da parte dele, chegar a uma posição comum com ele no G8."

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