As Maravilhas de Portugal no Mundo


As Maravilhas de Portugal no Mundo - Igreja da Madre de Deus, Macau 




Igreja da Madre de Deus, também chamada de Igreja de São Paulo constitui, juntamente com o Colégio de São Paulo, as famosas Ruínas de São Paulo. Estas ruínas, devido à sua beleza e valor arquitectónico e histórico excepcional, foram incluídas no Centro Histórico de Macau, por sua vez incluído na Lista do Património Mundial da Humanidade da UNESCO. Da Igreja, restou uma imponente fachada de granito e uma escadaria monumental de 68 degraus, mas, em contrapartida, não restou muitas coisas do Colégio.


Foi classificada, em 2009, como uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo.


A Igreja da Madre de Deus foi construída pelos jesuítas em Macau no ano de 1565, em anexo ao Colégio de São Paulo, a primeira instituição universitária de tipo ocidental no Oriente. A igreja, excepto a fachada, era construída em "taipa" e em madeira e, de acordo com os registos, ela estava ricamente decorada e mobilada.


Em 1595, um incêndio causou algumas danificações à Igreja e ao Colégio. O colégio foi rapidamente reconstruído, mas a Igreja só acabou de ser reparada em 1602. Após as grandes reparações, ela tornou-se numa bela e grandiosa basílica. Naquela altura, ela era a maior igreja católica do Extremo Oriente e era muitas vezes chamada de "Vaticano do Oriente". Uma inscrição em latim, à esquerda da base da fachada, confirma esta data de reconstrução: "Ano de 1602, Macau dedica à Santíssima Virgem Maria". Em 1603, entrou de novo em serviço. Em 1835, entre as 18h00 e as 20h15, um violento incêndio, começado nas cozinhas do Colégio, alastrou-se rapidamente, destruindo completamente o Colégio e a Igreja. Apenas a elegante e grandiosa fachada de granito é que escapou à destruição. Alguns dizem que no facto de a fachada conseguir escapar à destruição foi um autêntico milagre de Deus. A Igreja nunca mais foi reconstruída.


A fachada (uma das duas partes restantes da Igreja) só foi concluída em 1640. Esta fachada de granito, foi trabalhada, durante muitos anos, por cristãos japoneses exilados e artistas locais, sob a orientação do jesuíta italiano Carlo Spinola. Tem 23 m de largura e 25,5 m de altura. Esta fachada foi construída com base no conceito clássico da divina ascensão, por isso está dividida em 5 níveis horizontais encimados por um frontão triangular. Cada nível da fachada representa um determinado estado de ascensão ao Paraíso. O frontão (o quinto nível) simboliza o último estado da divina ascensão - o Espírito Santo. A fachada, imponente e magnífica, é de estilo maneirista/barroco, mas também apresenta estilos da ordem jónica, da ordem coríntia e da ordem compósita. É ricamente decorada com imagens bíblicas, representações mitológicas, símbolos do Paraíso e da Crucificação, inscrições religiosas em chinês, crisântemos japoneses, uma caravela portuguesa, leões chineses, esculturas e estátuas de bronze com imagens dos fundadores da Companhia de Jesus (Santo Inácio de Loyola, São Francisco de Borja, São Francisco Xavier e São Luís Gonzaga), da Virgem Maria, do Menino Jesus, de anjos e de demónios.


Esta fachada reflecte uma fusão de influências à escala mundial, regional e local. Ela é uma peça arquitectónica muito rara e apresenta elementos de influência europeia, chinesa, japonesa e de outras partes da Ásia. É considerada como um verdadeiro sermão em pedra, ensinando as pessoas, através de imagens e de algumas inscrições em chinês e em latim, a Palavra de Deus. Actualmente, a fachada de São Paulo é um dos símbolos e centros turísticos de Macau. Funciona também simbolicamente como o altar da Cidade.




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