Síria
Síria desativa instalações de produção de armas químicas
Funcionários de laboratório de testes da OPAC examinam substância similar ao gás Sarin, arma química utilizada no conflito sírio.
A Organização pela Proibição de Armas Químicas (OPAQ) anunciará nesta quinta-feira que a Síria terminou de desativar suas instalações para produção de armas químicas, um dia antes da data estabelecida. A informação foi dada por uma fonte interna do órgão.
No dia 24 de outubro, dez dias depois de tornar-se Estado membro da Organização, Damasco apresentou seu plano geral de destruição do arsenal, de acordo com a decisão do conselho executivo da OPAQ, que determinava a data limite de 1° de novembro para a desativação funcional da produção.
O plano de destruição "integral, sistemática e verificada" de todo o arsenal químico sírio será analisado pela Organização no próximo dia 5 e servirá de base para o estabelecimento, até o dia 15 de novembro, de um calendário com todos os prazos e metas.
Cabe à OPAQ, laureada com o Nobel da Paz no início de outubro, a supervisão do processo.Não é uma missão simples: pela primeira vez desde a criação do órgão, ele terá de efetuar a destruição das armas em um país imerso na Guerra Civil. Qualquer falha ou vazamento pode ser catastrófico.
Em meados de 2014, a Síria não deve ter mais nenhum aparato químico, de acordo com a resolução 2118 da Organização das Nações Unidas. Essa resolução foi adotada logo após o fechamento do acordo russo-americano sobre o desmantelamento do arsenal químico sírio e freou a ameaça de uma intervenção internacional no país capitaneada pelos Estados Unidos.
A ação armada esteve muito próxima de acontecer, depois do ataque químico de 21 de agosto na periferia de Damasco. Apesar de o regime Bashar al-Assad, apoiado por Moscou, negar a autoria do bombardeio e atribuí-la aos rebeldes, a comunidade internacional viu o governo como maior responsável.
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