PM diz não ter sinal de escutas a líderes portugueses
A Cimeira da União Europeia ficou marcada pela suspeita de escutas aos líderes europeus
O primeiro-ministro disse esta sexta-feira, em Bruxelas, não ter "qualquer indicação de que Portugal poderá ter sido objeto" de escutas por parte dos EUA.
Pedro Passos Coelho anunciou, porém, que Portugal decidiu integrar a iniciativa de França e Alemanha para encetar conversações bilaterais com os EUA sobre as relações entre os serviços de informações e a proteção de dados.
Falando no final do Conselho Europeu, onde o caso da espionagem pelos serviços secretos norte-americanos a líderes europeus entrou na agenda após a revelação de escutas ao telefone da chanceler alemã Angela Merkel, Passos Coelho sublinhou não ter "qualquer indicação de que Portugal poderá ter sido objeto de ações desta natureza".
Todavia, por solidariedade com os parceiros europeus, anunciou que "Portugal decidiu integrar igualmente a iniciativa" apresentada por Paris e Berlim para "procurar, de forma bilateral, esclarecer estas questões que envolvem proteção de dados e questões de segurança e partilha" de informações de segurança.
"Quisemos no conjunto, todos os chefes de Estado e de Governo, fazer uma declaração conjunta, em que, além de manifestarmos a preocupação por estas circunstâncias, dizer também que estamos confiantes que a relação com os Estados Unidos deve ser preservada", referiu Pedro Passos Coelho,
Essa declaração visa também frisar a necessidade de haver uma "relação de respeito", afirmou o primeiro-ministro, admitindo que as notícias das escutas deixaram "todos bastante preocupados".
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