12 Benefícios da Alimentação Viva – Dicas e Receitas

Comida viva


12 Benefícios: Na alimentação viva, os alimentos são consumidos in natura, porque o processo de cozimento destroi grande parte dos seus nutrientes, tornando-os desvitalizados, ao contrário do alimento in natura, que é rico em minerais, enzimas e vitaminas.

Este texto abordará os benefícios da alimentação viva. Também serão apresentadas algumas receitas e dicas sobre este tipo de dieta.

Uma visão geral: o crudivorismo

O crudivorismo (ou alimentação viva) é um tipo de dieta em que os alimentos consumidos não são cozidos. Inclui ou permite, dependendo das motivações e perspectivas do indivíduo em questão, frequentemente mel e por vezes peixe ou lacticínios. Todavia, normalmente os seus adeptos seguem uma dieta vegetariana estrita, ou seja, não consomem nada de origem animal.

Nesta dieta, nada pode ser preparado no fogo, por acreditarem que este tipo de preparação causa perda de nutrientes. Não quer dizer, necessariamente, que se comam apenas alimentos crus. Existem processos de preparação que quase não causam perda de nutrientes, como a desidratação dos alimentos.

Crudívoros também costumam comer pequenas quantidades de sal em alimentos fermentados ou sais de melhor qualidade, além de óleos prensados a frio, diferentemente dos frugívoros, que comem apenas frutas e folhas e não utilizam condimentos.

A teoria da alimentação viva

Os alimentos crus são ricos em enzimas. As enzimas são os incansáveis trabalhadores que levam os nutrientes às nossas células. Pode-se dizer que a alimentação viva é uma alimentação enzimática.



Segundo a teoria crudívora, ao cozer os alimentos (a partir de +- 40°C), há destruição das enzimas.


Se os alimentos são consumidos crus, evita-se a destruição das enzimas que a comida contém, facilitando assim a digestão e evitando gastar as reservas do corpo. 

Segundo alguns dos pioneiros destas ideias, a falta de enzimas na comida cozida é ainda uma das maiores razões do envelhecimento e morte precoce. É ainda a causa subjacente da maior parte das doenças.

Benefícios da alimentação viva

Esta seção retrata alguns dos benefícios alegados pelos adeptos da alimentação viva:


Vitaminas e fitonutriente: previnem doenças crônicas e melhora a função celular;

Enzimas: Ter uma alimentação rica em enzimas vegetais faz o corpo funcionar melhor e proporciona aumento de energia e melhora na digestão, segundo a teoria.Equilíbrio ácido: A alimentação viva é alcalina, gerando a condição ideal para o sangue.

Rica em clorofila: Substância presente em todas as plantas que têm a capacidade de melhorar a circulação e prover a oxigenação celular. É rica em magnésio, que atua no processo de equilíbrio ácido do corpo.

A agua: É capaz de hidratar muito mais o corpo justamente por ser rica em vegetais. A água contida nos alimentos tem ligação químicas diferentes e, portanto, tem melhor absorção celular.

Gorduras: A alimentação viva traz ao corpo os melhores óleos para o funcionamento celular. Com isso, pode-se apoiar as funções neurológicas, prevenindo doenças inflamatórias. Todos os óleos vegetais, com exceção do de coco, são sensíveis ao cozimento. Por esse motivo, sempre devem ser consumidos crus.

Frutas: Ricas em vitaminas, fornecem o sabor doce a muitos pratos, além de saciarem o paladar.

Alimentos verdes: Todas as folhas, assim como clorofila e spirulina, são ricas em minerais e proteínas.

Grãos: Por diversas razões antinutricionais, são consumidos com moderação, como por exemplo a presença do glúten. Recomenda-se em baixas dosagens. 
Alguns indicados são o trigo sarraceno, o trigo em grãos, o grão de bico e a lentilha. Sempre são deixados de molho por 8 horas, escorridos e germinados ou desidratados até 60 graus.

Antienvelhecimento: Isso ocorre pela restrição calórica que ocorre com a alimentação viva.



Harmoniza o sistema endócrino.


Favorece a desintoxicação das células e tecidos: Como a alimentação viva é rica em frutas, verduras e legumes, é rica em vários nutrientes para a desintoxicação.



Abaixo consta um vídeo com alguns depoimentos de praticantes da alimentação viva.


Entendendo a dieta: algumas dicas 



Esta seção tratará de alguns pontos a respeito da alimentação viva, o que é permitido consumir e o que não é, além de algumas técnicas utilizadas dentro desta dieta.


– O que é permitido consumir

É permitido consumir tudo aquilo que a natureza oferece, além de alguns instrumentos para potencializar os alimentos, tais quais a fermentação e a germinação, assim como técnicas para criar réplicas de alimentos que são familiares, mas na versão crua. Assim, frutas, verduras, sementes, oleaginosas, óleos essenciais, frutas secas e sementes germinadas fazem parte do cardápio.

– O que não se pode comer

Existem varrições na alimentação viva. Alguns comem 70% cru e 30% cozido e incluem peixe de boa qualidade e ovos orgânicos. Outros, com esses mesmos percentuais, são veganos e não incluem nem mesmo o mel na alimentação. 

Os mais radicais comem 100% cru. Seguindo o princípio geral da alimentação viva, seriam excluídos alimentos refinados como pães, massas, farinhas, leite, derivados de leite, açúcar e outras carnes. Portanto, cada um deve se situar em relação aos objetivos.

– Germinação e brotação

A germinação e brotação das sementes, sejam elas de frutas oleaginosas, feijões ou cereais, é uma técnica essencial para poder classificar esta alimentação como viva. É na germinação que acordam-se as sementes e grãos, tornando-os alimentos biogênicos, ou seja, vivos.

Consiste em primeiramente hidratar a semente para que ‘acorde’ suas memórias germinativas e na sequência favorecer que a semente germine ou brote, conforme a natureza de cada uma.

– Fermentação de vegetais

Um processo onde micro-organismos presentes no próprio alimento, ou adicionados, irão se alimentar dos açúcares existentes no meio, formando fermentos e gases. Assim, além do alimento passar por transformações físicas, também ganha digestibilidade e valores nutricionais.

Em geral, usa-se um frasco de vidro de boca larga, previamente higienizado, com tampa, incolor e transparente. O alimento é picado, laminado, fatiado ou ralado e prensado dentro do frasco. Tapa-se o frasco na pressão e aguarda-se 24 ou 48 horas para seu consumo.

Após aberto, deve ser temperado a gosto e consumido no dia. 
A desidratação e a fermentação de vegetais são técnicas ideais para momentos quando há um excedente de alimento e não há meios de conservação.

– Amornação

Como já vimos, na alimentação viva, o alimento jamais é cozido (menos ainda frito), para evitar a evaporação das energias naturalmente armazenadas e que sejam destruídas as enzimas e vitaminas do alimento. 

Porém, existem preparos onde usa-se a técnica do amornar, geralmente em panelas de barro, aquecidas com resistências elétricas ou fogão convencional, usando as mãos para revolver e monitorar a temperatura, já que acima de 45 ºC as mãos serão queimadas.

– Desidratação solar

O alimento é arrumado sobre bases simples como pratos ou refratários (no caso de pequenas produções caseiras), e exposto ao sol forte da manhã para rápida uma desidratação. 

No entanto, existem caixas desidratadoras, de diversos tamanhos, para produzir maiores quantidades. Esta técnica permite desidratar alimentos in natura como frutas, legumes, hortaliças, batatas, além de alimentos elaborados como pães, bolos, tortas, biscoitos e barras de cereais germinados.

– Alguns outros pontos

Por incluir todos os alimentos citados, a alimentação viva tem capacidade de fornecer variados nutrientes e prevenir certas doenças. Mesmo que a pessoa coma muito bem, inclusive alimentos calóricos (como as oleaginosas e azeites), o emagrecimento ocorre. Primeiro por desintoxicar o corpo e depois, por ocorrer uma restrição calórica.

Receitas

Esta seção traz algumas sugestões de receitas para a alimentação viva.

1. Docinho de Cacau Vivo com Óleo Essencial de Laranja

Ingredientes: 120 g de uva passa ou ameixa; 100 g de tâmaras secas previamente hidratadas por 4 horas; 100 g de amêndoa germinada (cerca de 1,5 xícara de chá – opcional tirar a pele); 1 colher (sopa) de cacau em pó sem açúcar; 1 colher (sopa) de melado de cana orgânico; 2 gotas de óleo essencial de laranja.

Preparo: Processar todos os ingredientes até obter massa na consistência para fazer bolinhas. Retirar, montar as bolinhas no tamanho desejado e decorar com coco germinado ralado, farinha de laranja, farinha de limão, alfarroba, amêndoa germinada ralada, enfim, usar a imaginação.

2. Pão de linhaça dourada germinada desidratado

Ingredientes: 1 xícara de linhaça dourada germinada; 1/2 abobrinha verde média; 1 colher de sopa de cheiro verde picadinho; 1 cebola fatiada fininho; 1 colher de chá de sal rasa.

Preparo: Germine as sementes de linhaça deixando de molho por 8 a 12 horas, depois espalhe numa peneira reta e deixe escorrer o liquido viscoso. Lave pela manhã e à noite. 

Deixe escorrer a água da lavagem, use uma colher mexendo em círculos para ajudar. Pique a abobrinha, tire o talo grosso. 

Liquidifique a abobrinha picada, a linhaça germinada e o sal até obter uma massa consistente. 

Espalhe a massa no teflex (plástico liso utilizado no desidratador) com uma espátula ou faca grande, de maneira uniforme fazendo uma camada de 0,5 cm. 

Desidrate por 9 horas à temperatura de 42°. Depois desse período vire a massa para tela furadinha, descolando delicadamente a massa do teflex.

*Com a mesma receita base pode-se variar com simplicidade 

2 diferentes sabores:

Tomate Seco (acrescente 1 tomate fresco picadinho à receita e liquidifique) e cenoura (acrescente uma cenoura a receita e liquidifique).

3. Sopa de girassol germinado com abóbora moranga

Ingredientes: 2 xícaras de girassol germinado; 300g de abóbora moranga com cascas sem sementes; 1 colher de sopa de cebola; 1 1/2 xícara de água; ½ dente de alho; 1 colher de sopa de missô claro; ½ abacate maduro; 3 cabelinhos da cebolinha verde.

Germine o Girassol:

Coloque de molho em água limpa de 8 a 12 horas. Lave e depois deixe escorrer, pegando ar por mais 8 a 12 horas. Só coma se mais de 80% estiver germinado.

Preparo: Liquidifique as sementes germinadas, a água, a cebola, o alho, o missô claro e cebolinha. Coe. Lave o copo do liquidificador. Devolva o líquido coado para o liquidificador, acrescente o abacate e liquidifique novamente. Ajuste o sal, amorne e sirva.

4. Mexidinho vivo com cúrcuma

Ingredientes: 1 xícara de amendoim germinado; Cúrcuma; Cheiro Verde picado; Orégano; Sal a gosto; Azeite; Gotas de Limão.

Germine o amendoim: Lave e coloque de molho em água limpa de 8 a 12 horas. Depois deixe escorrer, pegando ar por mais 8 a 12 horas. Só coma se mais de 80% estiver germinado.

Preparo: Lave o amendoim novamente e retire a pele. Processe com sal e cúrcuma num processador até ficar semiprocessado. Acrescente os demais ingredientes e misture com uma colher. Lembre-se de acrescentar o azeite e o limão na hora de servir.

5. Creme de abóbora com gergelim natural germinado

Ingredientes: 1/2 xícara de gergelim natural germinado (8 horas na água e 8 no ar); 1/4 de abóbora moranga; Cheiro Verde picadinho; Alho; Azeite; Sal; Gotas de 1/8 de um limão; Missô Claro.

Preparo: Descasque e pique a abóbora, liquidifique até virar um creme. Acrescente as gotas de limão, alho, o azeite e o missô. Vire em uma vasilha e acrescente cheiro verde e gergelim. Misture bem, ajuste o sal e pronto.

A visão contrária: algumas críticas

Até então, só mostrou-se o lado dos que apoiam a alimentação viva. É interessante, antes de adotar qualquer dieta, pensar sob ambas as perspectivas.

Há alegações de que manter a dieta crua a longo prazo pode causar deficiência de vitamina B12, presente principalmente em alimentos de origem animal.

Além disso, afirma-se que não existe nenhuma comprovação de que as enzimas dos alimentos ajudem na digestão.

Também não há uma alteração significativa na quantidade de fibras nem de vitaminas. Por fim, o cozimento só reduz vitaminas solúveis em água, especialmente a C e a B9.

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