A explosão, que pôde ser ouvida a quilômetros de distância, ocorreu na região de Roueiss, um setor que abriga uma importante população xiita no sul de Beirute. O local também é conhecido como um reduto do Hezbollah libanês, grupo xiita aliado às forças do regime de Damasco e que combate os rebeldes na vizinha Síria.
O atentado foi reivindicado pela “Companhia de Aïcha”, formação sunita que se diz próxima dos opositores ao regime de presidente sírio Bashar al-Assad. “Nós te enviamos nossa segunda mensagem, pois você ainda não entendeu”, declarou um homem encapuzado em um vídeo ao ler um comunicado destinado ao chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah.
Esse é o segundo atentado em apenas seis semanas na região popular de Bir el-Abed e de Roueiss. No dia 9 de julho um carro-bomba explodiu deixando cerca de 50 feridos. Na época, um grupo, que se apresentou como Brigada 313, reivindicou o ataque, alegando ser uma resposta à participação do Hezbollah nos combates na Síria.
O presidente libanês Michel Sleimane condenou o episódio, que classificou de atentado “terrorista, criminoso e covarde”. O chefe de Estado também disse que o ataque tem “as marcas de Israel”, inimigo tradicional do Hezbollah. O secretário-geral das Nações Unidas Ban Ki-moon também criticou com firmeza o episódio e pediu que os libaneses continuem unidos para preservar a segurança do país.
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